quarta-feira, 23 de julho de 2008

A ti...



Vislumbro o céu lúgubre à beira mar,
Entornada sobre os grãos que cobrem a orla úmida.
Uma nuvem de saudade ondula rumo às estrelas...
E deixa-me à deriva, distraída pelo pranto contínuo da maré.

Já faz tempo que não ouço a sua voz,
Tampouco lembro dos teus olhos...
Somente um rosto envolto em brumas reconforta-me os sonhos.

No imenso oceano, entrego-me ao Universo,
Destinada a um horizonte sem fim...
Vida!!!

Não emergem palavras para dizer-te,
Que ainda navegarei até ti...
E não há tormenta que impeça,
Pois um dia me disse: Eu te amo!
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Imagem: Autor Desconhecido

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Minha alma...



Um tanto quanto quieta,
Talvez, alma solitária,
Corpo de princípios calados,
Bloqueada por lapsos repentinos...

Renasço de cinzas densas,
De um arder do fogo gélido...
Revelo a inspiração ausente,
Tracando letras no papel envelhecido.

O amor no canto esquiva-se,
Chora sem tal saída,
Suplica ao mundo silente,
Sensíveis marcas cicatrizam-se...

Sou do mar incessante,
Sou da luz que cega ao longe,
Sou de murmúrios inquietos,
Sou de vida abençoada...

Abro os olhos ainda selados,
Entrego-me à eu mesma,
Sou vítima de meus receios,
Mas sou única, uma vencedora!
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Imagem: Autor Desconhecido

quarta-feira, 16 de julho de 2008

There's no reason...




Ilusões que desafiam a sanidade.
O mundo parece nublado,
Distorcido por finas camadas turvas aos olhares pessimistas.
Debelados suspiros tentam decifrar a razão de viver.

Mente banhada por pinturas de uma realidade tangível,
Que de tons frios congela ao crescer; sustentando o Universo sobre ela...
Porém, ergue-se subestimando as rijas forças da gravidade superior.
É envolta por lembranças, reminiscências de um passado pulsante.

Surgem linhas de prazer pela arte de sorrir.
Não há motivos para chorar.
Entrega-se a espaços medianos,
Submersa em desejos veementes,
Arrisca-se na insana certeza.

Enxerga o invísivel aos olhos de outrem,
Absorve ruídos frágeis que a invocam em ondas constantes,
Rende-se à voz que grita ao relento,
O céu desfaz-se em gotas de esperança...

Olhar depressivo sentido pelo toque do amor,
E tudo cintila novamente...
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Imagem: Autor Desconhecido