terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Distância...


Entre a fina linha de imagens que conseguia enxergar, vi teus olhos...
Límpidos, serenos, brilhantes... Profundos!
Pequenos cristais cuja mensagem era inconfundível.

Acordei com um suspiro de angústia,
Os sonhos me atormentavam enlouquecidamente...
Ao exílio de minha alma vi você partir...
Na distância, como dois pássaros voando tristemente em direção contrária.

O desespero latejava em minhas veias...
Abundantes gotas cintilantes pendiam sobre meu rosto.
Entre soluços e gemidos, gritava silenciosamente o seu nome.
Não podia tocá-lo, senti-lo, amá-lo...
Agora, eu era apenas um ser solitário.

Caminhava aos ventos sombrios, uma vida deixada para trás...
Uma chance, um divino destino consagrado a todos...
Ajoelho-me a um canto e espero, submersa num mar de aflição...
Um fantasma turvo...
A espera de mais uma oportunidade de emergir a imensidão da vida!



Imagem: Mark Ryden (Ghost Girl)

6 comentários:

CL disse...

Essa imensidão me assusta!

Anônimo disse...

O tempo passa, varre todos os desassossegos e a imensidão colorida da vida brota em nós em toda sua plenitude novamente!

Beijinhosssssssssss

Letícia Losekann Coelho disse...

Lindo poema...

Ver e não conseguir tocar, pegar... deixar escapar o amor...pedir outra chance...sonhar! Adorei!
Tenho dois blogs de poesias vou deixar os links para ti,
www.esperasesperas.blogspot.com e
www.ensaiosamadores.blogspot.com
Obrigada pelo carinho no meu blog! Vou voltar mais vezes para te ler moça!
beijos

Bruno Tenaglia disse...

Sim, essa é minha menina! Parabéns, 1 ano e 5 meses e eu desconhecia esse Dom! Está perfeito, perfeito. Eu te amo! Beijo!

... disse...

Pelos vistos, o talento é genético!

Gostei*

Lia Noronha disse...

Giulia: que maravilha td por aqui...herdou o talento de sua mãe...coisas de Deus!
Bjins com carin diretamente do meu Cotidiano.